sábado, 28 de junho de 2014

O Cristão e seu Dinheiro



“A Bolsa de Valores sobe! Juros caem! Inflação voltará? Crise econômica preocupa o governo!” As manchetes nos jornais, revistas e programas de televisão não param de falar sobre dinheiro. No Brasil, como em muitos outros países, governos são eleitos e desfeitos por circunstâncias e políticas econômicas. A maioria das pessoas vive numa constante agitação por causa de diversos problemas financeiros: contas vencidas, desejos de receber aumentos salariais, dívidas assustadoras.
O que Deus ensina para nos ajudar no meio de tanta preocupação sobre o dinheiro?
Vamos examinar alguns princípios bíblicos. A Bíblia fala muito sobre esse assunto; por isso, este artigo contém muitas citações bíblicas. Por favor, tome o tempo necessário para ler cada passagem e confirmar que o ensinamento aqui é de Deus, não de homens.

O dinheiro é nossa ferramenta, não nosso dono.
Muitas pessoas são escravas do dinheiro. Lutam tanto para ter dinheiro que nem têm tempo para gozar da sua prosperidade! O desejo de ter coisas e acumular riquezas domina a vida de muita gente. Você já ouviu alguém falar sobre as posses de Bill Gates ou outro rico com tom de inveja na voz? O servo de Deus precisa reconhecer que o dinheiro é uma ferramenta que deve ser empregada em boas obras, e não nosso senhor. Preste muita atenção: “Aquilo que toma a maior parte do seu tempo torna seu senhor”. Uma das táticas mais eficazes do diabo é apagar o zelo do cristão com preocupações financeiras.
"E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera;..." Mateus 13.22
Há cristãos que trabalham tanto em busca de mais dinheiro que deixam de servir ao Senhor na sua célula e nos cultos da sua igreja, tornando-se frios espiritualmente. E, na maioria das vezes, eles já têm o suficiente para viver confortavelmente. Mas nunca se contentam. Querem sempre mais. Isso é falta de fé e idolatria do dinheiro. Jesus ensinou claramente que nós temos que escolher entre dois senhores. Leia e medite no que Ele disse. Isso foi registrado na Bíblia para que você o lesse e observasse.

“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. [...] Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e Eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” Mateus 6:19-34

Outras pessoas se tornam escravas do dinheiro por acumular dívidas. Por que alguém assinaria um papel para assumir dívida e pagar juros— às vezes tão altos que acabam multiplicando o custo da compra?

Vamos tratar deste e de outros problemas muito comuns a respeito do dinheiro na próxima postagem. Fique ligado!

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sexta-feira, 27 de junho de 2014

O que a Bíblia Ensina Sobre a Igreja e seu Dinheiro?


O dinheiro está no âmago de muitos problemas das igrejas, mas também é uma das soluções para expandir o Reino de Deus na terra. Algumas delas enchem seus cofres, exigindo dízimos de seus membros para financiar estilos de vida extravagantes de seus dirigentes. Mas muitos líderes sérios usam o dinheiro da igreja para construir templos confortáveis, pagar seus funcionários dignamente e sustentar os missionários e obreiros em tempo integral. É isto que Deus quer! Aqueles que verdadeiramente procuram seguir Jesus precisam buscar sua vontade expressa na Palavra. Ali encontramos tanto instruções dadas por apóstolos inspirados, como exemplos de como as igrejas obtinham e usavam o dinheiro no serviço do Senhor.

O que a Bíblia diz sobre as finanças da igreja
É útil nos lembrarmos de dois princípios básicos sobre as igrejas do Novo Testamento:
1)      No plano de Deus, a igreja é um  corpo espiritual, com uma missão espiritual. Muitos dos problemas das igrejas modernas, relacionados com dinheiro resultam de decisões humanas de deslocar o centro das atenções de sua missão espiritual para os interesses sociais, políticos ou comerciais.
2)    No Novo Testamento, as igrejas locais eram autônomas, cada uma servindo independentemente sob a autoridade da palavra de Cristo. O Novo Testamento não fala de nenhum tipo de estrutura de organização ligando as igrejas locais. As hierarquias enormes das denominações, tão comuns nestes dias, não são encontradas no Novo Testamento.

Como as igrejas do Novo Testamento recebiam dinheiro?

Normalmente, das contribuições dos cristãos - As igrejas, geralmente, recebiam seu dinheiro de contribuições voluntárias dos membros.

"Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for." I Coríntios 16.1-2

 "Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade." Atos 4.34-35

Paulo ensinava que os cristãos deveriam dar voluntariamente e com alegria:

"Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria." II Coríntios 9.7

Em casos excepcionais, de outras igrejas - Em casos de necessidade, tal como aquela causada por severa fome na Judéia, as igrejas pobres receberam assistência financeira das congregações mais prósperas de outros lugares (Atos 11.27-30). É por isso que Paulo enviou instruções à igreja Coríntia (também mencionadas em Romanos 15.25-32) sobre as doações para ajudar os irmãos pobres de Jerusalém (I Coríntios 16.1-4; II Coríntios 8).

Como as igrejas do Novo Testamento usavam seu dinheiro?

Para ensinar o evangelho -
Desde que a missão principal da igreja é espiritual (I Timóteo 3.15), não é surpresa que as igrejas do Novo Testamento usassem seu dinheiro para espalhar o evangelho. Exemplos deste emprego dos fundos arrecadados incluem o sustento financeiro de homens que pregavam o evangelho (I Coríntios 9.1-15; II Coríntios 11.8; Filipenses 4.10-18), e dos que serviam como presbíteros (I Timóteo 5.17-18).

Para acudir os santos necessitados - Quando os cristãos pobres necessitavam de assistência, o dinheiro da oferta era usado para acudir àquelas necessidades (Atos 4.32-37; 6.1-4).

É um grande privilégio colaborar para que estas obras se realizem conforme o plano de Deus. Quando ofertamos, o fazemos em nome de Deus, para Deus e por causa de Deus.

Porque Dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém.” Romanos 11.36

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quinta-feira, 26 de junho de 2014

QUEM NÃO QUER TRABALHAR QUE NÃO COMA




“Dizei ao justo que bem lhe irá; porque comerão do fruto das suas obras.Isaías 3.10

Entre as mentiras de nossa época está a de que podemos ganhar dinheiro fácil, sem o suor do nosso corpo.
É tão forte a mentira que muitos jovens não querem estudar.
Há pessoas que acham que um dia vão ganhar uma herança milionária, pela qual esperam.
O jogo, infelizmente bancado pelo próprio governo, seduz a muitas pessoas.
É preciso reafirmar o óbvio: Uma família prospera com o trabalho honesto de todos os seus membros.
É preciso insistir no que é evidente: Uma nação cresce na dimensão do trabalho honesto de todos os seus cidadãos.
A preguiça e a corrupção juntas constroem um mundo injusto, que ofende também a dignidade de Deus.
Cada um de nós deve ter como alvo sustentar-se a si mesmo como fruto do seu trabalho. O apóstolo Paulo colocou este conselho numa fórmula radical e simples:
“Quem não quer trabalhar que não coma.” II Tessalonicenses 3.10
Temos que ajudar nossas crianças a acreditar que o trabalho, mesmo que duro, vale a pena.

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Perguntas práticas sobre ofertas



Quando?
Em termos de ofertas na igreja, a passagem que fala sobre quando fazê-las é I Coríntios 16:1-2:

“Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar.”

Cada discípulo viria de casa já preparado para ofertar no primeiro dia da semana, o mesmo dia que reunimos para celebrar ao Senhor (Atos 20:7)

Quanto?
Antes de concluir que qualquer “ofertinha” serve, mesmo sendo uma parte muito pequena de sua renda, considere alguns fatos sobre o nosso serviço a Cristo no Novo Testamento:

ü A missão da igreja na Nova Aliança é maior.
ü As bênçãos em Cristo são muito superiores às bênçãos do Velho Testamento.
ü As coisas de Deus devem ser primeiras nas nossas prioridades.
ü É mais abençoado dar do que receber.
ü Deus ama quem dá com alegria.

Ninguém hoje tem direito de estipular para os outros a quantia ou porcentagem da renda que o cristão deve ofertar. Mas, cada discípulo deve pensar bem sobre o privilégio e a responsabilidade de contribuir ao trabalho do Senhor. Uma vez que tudo é melhor na nova aliança, será que Deus quer que ofertemos menos que nossos irmãos do Antigo Testamento?

Como a oferta é aplicada?
O Dinheiro ofertado para o trabalho da igreja deve ser aplicado exclusivamente nas coisas que Deus autorizou que a igreja fizesse. Pessoas que desviam o dinheiro da oferta para criar ou manter instituições humanas ou outras obras não ordenadas pelo Senhor estão ultrapassando a doutrina Dele (veja 1 Coríntios 4:6; 2 João 9).
Por isso as igrejas têm tesoureiros registrados em ata oficial, prestam relatórios periódicos aos seus membros e, quando preciso, também aos órgãos governamentais competentes. Isso deve ser levado a sério, e o é na maioria das igrejas.

As ofertas são administradas por quem?
No Novo Testamento, o dinheiro da igreja sempre foi administrado por homens fiéis e responsáveis. No início, os apóstolos recebiam as ofertas (Atos 4.37; 5.2). Mais tarde, os presbíteros recebiam o dinheiro dado (Atos 11.30).
Sabemos que o trabalho de administrar, supervisionar e guiar a igreja local cabe aos pastores ou presbíteros (veja I Timóteo 3.5; 5.17). Em Atos 6.1-7, homens sábios, espirituais e de boa reputação foram escolhidos para administrar um aspecto do trabalho da congregação. Também quando dinheiro foi levado de uma cidade para outra, mensageiros fiéis foram eleitos nas igrejas, assim evitando qualquer tipo de escândalo (II Coríntios 8.19-23).

Conclusão
Os seguidores de Cristo gozam do grande privilégio de participar do trabalho do reino do Senhor. Sejamos fiéis em cumprir este compromisso com Deus.

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terça-feira, 24 de junho de 2014

"Deus ama quem dá com alegria" (3)



Ofertas feitas para completar a obra começada

“Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes.” II Coríntios 8:11

Querer fazer uma boa obra é uma coisa. Podemos pensar, planejar, conversar, etc. Mas, uma vez que assumimos o compromisso de fazê-la, devemos fazer tudo possível para cumpri-la a contento e com excelência.
Uma igreja que segue o ensinamento bíblico naturalmente assumirá compromissos. Além de cuidar dos santos necessitados (veja Atos 4:32-37; 6:1-7; etc.), uma igreja que entende a importância de sua missão espiritual se dedicará à divulgação do evangelho e à edificação dos santos. Essa igreja procurará oportunidades para, além de cuidar do conforto dos membros e a manutenção dos templos, também sustentar evangelistas, pastores, missionários e obreiros fiéis que se dedicam ao trabalho do Senhor (Leia: I Coríntios 9.4-14; II Coríntios 11.8; Filipenses 4.10,15-18; I Timóteo 5.17-18).
Uma vez que a congregação aceita a responsabilidade de sustentar essas pessoas, deve se esforçar para completar sua obra. Não é justo pedir para alguém se dedique ao evangelho, deixando emprego ou profissão, e passar necessidades meses ou anos depois. Quando o povo na época de Neemias não cumpriu seus compromissos e deixou os servos de Deus desamparados, Neemias o repreendeu fortemente.
“Então contendi com os magistrados, e disse: Por que se desamparou a casa de Deus? Porém eu os ajuntei, e os restaurei no seu posto. Então todo o Judá trouxe os dízimos do grão, do mosto e do azeite aos celeiros.” Neemias 13:11-12
Portanto, as ofertas também possuem este caráter: se começar, tem que terminar com excelência, principalmente quando há pessoas que dependem deste sustento.

(Continua)

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segunda-feira, 23 de junho de 2014

"Deus ama quem dá com alegria" (2)



Ofertas segundo se tiver proposto no coração

“Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.II Coríntios 9:7

O amor, a generosidade e a prontidão para a obra do Senhor são características do servo de Deus. Antes de ofertar o nosso dinheiro, devemos nos entregar ao Senhor.

“E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus.II Coríntios 8:5

Ofertas feitas para participar da graça de Deus

“Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia; como em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente. Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus. De maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabasse esta graça entre vós. Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nesta graça.” II Coríntios 8:1-7

Tendemos a pensar em graças concedidas como bênçãos para nosso próprio consumo. Mas, biblicamente, graças concedidas são oportunidades para servir e glorificar ao nosso Senhor. O privilégio de participar do trabalho do reino de Deus é uma enorme bênção.

Ofertas feitas como sacrifícios agradáveis a Deus

“Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta.
Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.
Filipenses 4:17-18

As ofertas não são apenas o que sobra depois de satisfazer os nossos próprios desejos. Pessoas que sempre querem receber, ao invés de procurar dar liberalmente, não servem a Cristo (veja a repreensão forte de Tiago 4:1-4).

“Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos.Tiago 5:1-4

Paulo disse que as ofertas são sacrifícios. Dinheiro que poderíamos empregar em outras coisas, até coisas egoístas, deve ser para fazer a obra do Senhor.

(Continua)

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sexta-feira, 20 de junho de 2014

"Deus ama quem dá com alegria"



Muitos pregadores em inúmeras igrejas pervertem o ensinamento bíblico sobre ofertas e responsabilidades financeiras dos fiéis. Alguns o fazem por ignorância, e outros por simples ganância. Vamos examinar o ensinamento das Escrituras e considerar diversas questões em relação às ofertas e o uso do dinheiro no reino do Senhor.

Um resumo do ensinamento bíblico sobre ofertas

Na época dos patriarcas
Sabemos que a oferta de Abel agradou a Deus, e a de Caim, não lhe agradou. Abrão pagou a Melquisedeque o dízimo (Gênesis 14:18-24). Jacó jurou que, se Deus fosse com ele na sua jornada, daria o dízimo depois de voltar (Gênesis 28:20-22).

Na Lei de Moisés
Na Lei de Deus dada pela mão de Moisés, o dízimo se tornou obrigação dos israelitas. Eles faziam, também, várias outras ofertas, diversos sacrifícios, etc. Os dízimos são mencionados em mais de 20 versículos, de Levítico a Malaquias. Quando o povo não deu a devida importância aos dízimos, foi repreendido pelo Senhor por meio do profeta Malaquias.
Hoje, Ele tem falado pelo Seu Filho Jesus, pelos apóstolos, e pela Nova Aliança que governa os cristãos (Hebreus 1:2; 2:1-4; 7:12; 8:6-13; 9:15). Aprendemos muitas coisas importantes das promessas e dos exemplos do Velho Testamento (Romanos 15:4; 1 Coríntios 10:6).

A Igreja do Novo Testamento
A Nova Aliança coloca a oferta no contexto de um reino espiritual como uma grande e urgente missão. As contribuições feitas na igreja não são impostos pagos num sistema teocrático. O Novo Testamento nos ensina sobre a importância das nossas ofertas para cumprir a missão que Deus deu à igreja. Cada pessoa verdadeiramente convertida a Cristo dará conforme as suas condições por querer participar do trabalho importantíssimo da igreja.
Observe o que Deus pede aos cristãos.

Ofertas conforme a nossa prosperidade

“Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar.” 1 Coríntios 16:1-2

Embora este trecho trate de uma necessidade específica (os santos necessitados em Jerusalém), ele ensina um princípio importante que ajuda em outras circunstâncias. As necessidades podem ser diferentes, mas a regra de ofertas continua a mesma. Devemos dar conforme nossa prosperidade. Quem não possui nada e não ganha nada não terá condições de ofertar (veja II Coríntios 8:12). Mas, qualquer servo do Senhor que goza de alguma prosperidade deve ofertar.

Ofertas feitas com amor e sinceridade

“Não digo isto como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade de vosso amor. Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis. E nisto dou o meu parecer; pois isto convém a vós que, desde o ano passado, começastes; e não foi só praticar, mas também querer.
Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes. Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem. Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão, mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade; como está escrito: O que muito colheu não teve demais; e o que pouco, não teve de menos.”
II Coríntios 8:8-15

Paulo comenta sobre as contribuições dos coríntios: “Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (versículos 8 e 9).
Algumas pessoas, querendo fugir da responsabilidade de ofertar, distorcem o sentido deste trecho. Elas dizem: “Está vendo? Não é mandamento Então, eu posso ofertar ou não; não faz diferença!”  Tal interpretação está totalmente errada por, pelo menos, dois motivos: 
1. Distorce o sentido do versículo - A construção gramatical “Não isso, mas aquilo” é usada várias vezes no Novo Testamento para enfatizar uma coisa, sem negar a outra. É uma comparação de duas coisas, dizendo que uma é mais importante. Assim, a missão de Jesus enfatizava a salvação, sem negar o aspecto de julgamento (João 3:17; 5:22). O homem deve trabalhar para a vida espiritual, sem deixar de sustentar a sua família (João 6:27; 2 Tessalonicenses 3:10; 1 Timóteo 5:8). Paulo pregou o evangelho, mas nunca negou a importância do batismo (1 Coríntios 1:17; Gálatas 3:27). Ele não condenou o uso de vestimentas ou joias, mas enfatizou o homem interior (1 Timóteo 2:9-10; veja 1 Pedro 3:3-4)
Voltando ao texto de II Coríntios 8:8, Paulo está dizendo que o motivo maior é o amor, sem negar a responsabilidade já dada por mandamento.
2. O cristão que recusa dar, dizendo que não é mandamento, não mostra o amor que Deus pede - A pessoa que tem prosperidade tem obrigação de ofertar! Deve fazê-lo principalmente por amor, não por obrigação. O amor sincero é motivo muito maior. O amor é citado inúmeras vezes nas Escrituras como motivo para nosso serviço. E isso inclui as ofertas.

(Continua)

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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Determinações Bíblicas Para Ofertas Alçadas (Parte 5)



Novo Testamento



Uma oferta de uma pessoa pobre
Em Marcos 12.41-44 e Lucas 21.1-4 temos o registro de uma oferta trazida por uma viúva pobre ao templo.

“E sentando-se Jesus defronte do gazofilácio (cofre das ofertas), observava como a multidão lançava dinheiro no cofre; e muitos ricos depositavam grandes quantias. Vindo, porém, uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. E chamando ele os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no gazofilácio; porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento.”
Marcos 12.41-44

“Jesus, levantando os olhos, viu os ricos deitarem as suas ofertas no cofre; viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos; porque todos aqueles deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha para o seu sustento.”
Lucas 21.1-4

Extraímos desses registros as seguintes lições:
1. Deus se agrada das ofertas. Isso fazia parte da liturgia e não há qualquer palavra de condenação à prática.
2. Faz parte, portanto, de nossos deveres, pois Jesus aprovou a oferta da viúva.
3. A evidência do amor não é a quantidade dada, mas a quantidade comparada com as nossas posses.
4. Deus requer de nós o mínimo, mas é apropriado até darmos tudo o que temos a Ele.
5. Deus não despreza a oferta humilde, na realidade Ele lhe dá maior valor do que a que procede do sobejo.
6. Não existe pessoa, portanto, que não possa, dessa forma, mostrar o seu amor a Deus.
7. Devemos estar constantemente pesquisando os nossos motivos, nas nossas ofertas.
8. Devemos pesquisar os nossos valores, também: estamos ofertando somente daquilo que sobra, daquilo que não tem serventia para ninguém?

3. CONCLUSÃO
Muitas outras passagens e ensinamentos poderiam ser examinados. Acreditamos, entretanto, que aqueles que tivemos a oportunidade de estudar (neste e em postagens anteriores), representam prova de que Deus se agrada e se tem prazer em nossas ofertas. Essas não tomam o lugar do dízimo, mas representam uma forma adicional de prestarmos a nossa adoração e amor para com Ele. Que possamos ter a visão bíblica da realidade, que não sejamos avarentos, mesquinhos e que estejamos sempre prontos a atender as necessidades que Deus colocou na nossa frente, sempre com ações de graças por termos parte em tão grande privilégio.

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terça-feira, 17 de junho de 2014

Determinações Bíblicas Para as Ofertas Alçadas (Parte 4)




A contribuição sistemática, periódica e proporcional não é a única encontrada nas Escrituras, nem como registro histórico, nem como determinação.
Além do dízimo, Deus registrou as “ofertas alçadas”, ou seja, contribuições que vão além dos dízimos, como expressão de gratidão ou por causa de uma necessidade de auxílio social.
Vamos continuar observando as ofertas no Novo Testamento. (Continuação)

Uma oferta aos Crentes de Jerusalém
Há uma situação de necessidade: os crentes de Jerusalém passaram a ser intensamente perseguidos e começaram a passar dificuldades financeiras. Muitos foram expulsos de suas casas, outros perderam suas ocupações, não podiam exercer suas profissões. Paulo registra que coletas foram feitas em favor das necessidades destes crentes pelas igrejas da Grécia (Acáia) e Macedônia.

“Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos. Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais. Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha.” 

Em II Coríntios 8 e 9 ele menciona essas coletas e fornece vários princípios relativos às contribuições, que vamos observar abaixo:

1. Proporcionalidade e voluntariedade não são incompatíveis entre si – II Cor. 8.3 diz: “…na medida de suas posses”. Mais uma vez a questão da proporcionalidade no dar. Teríamos, possivelmente, uma inferência aos dízimos. Mas o versículo continua e registra: “e mesmo acima delas se mostraram voluntários”. Não resta dúvida de que fala de contribuições voluntárias, destinadas a suprir uma necessidade. Contribuindo, dessa forma eles foram além dos dízimos, além da contribuição sistemática.
Os versos 12 e 13 reforçam a questão da proporcionalidade e da justiça nas contribuições:
Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem. Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão, mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade;...”  



Deus não quer o que o homem dê o que não tem. O seu propósito não é o de dar sobrecarga, mas o de proporcionar a igualdade.

2. O privilégio de contribuir – II Coríntios 8:4:Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.Lemos que os crentes dessas regiões “pediram com muitos rogos” a graça de participarem da assistência que se apresentava! Que diferença aos dias de hoje! Hoje os solicitantes e não os crentes é que emitem “muitos rogos” compelindo os contribuintes a darem tudo de qualquer forma, sob qualquer pretexto. Que bênção seria se tivéssemos os diáconos e obreiros das igrejas sendo abordados “com muitos rogos” por crentes ansiando a participação no privilégio de contribuir com suas ofertas às necessidades da igreja!
Isso mostra que este privilégio é desejável - 2 Co 8.7: Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nesta graça.Paulo suplica para que eles continuem “abundando nesta graça”, ou seja, a prática da contribuição voluntária é algo desejável, é uma graça da parte de Deus aos seus servos. O desprendimento das coisas materiais e a colocação delas ao serviço do Mestre são um alvo a ser alcançado pelo servo fiel.

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